quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Emelec afunda La U e larga bem na Libertadores

Foto: Ecuagol - Bolaños comemorando o gol da vitória
Por: Gustavo Ribeiro (@Gustavora17)
Se fôssemos olhar os números, o favoritismo era chileno. A Universidad de Chile não estreava na Libertadores com derrota desde 2010, quando caiu diante do Caracas por 1x0, na Venezuela. Desde então, foram três jogos com três vitórias. Ao longo da história contra equipes equatorianas, foram 14 jogos disputados com sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

Mas se olharmos pelo momento atual das duas equipes, o resultado em Santiago não foi nenhuma surpresa. A Universidad de Chile não sabe o que é vencer desde o dia 10 de janeiro, quando venceu o O'Higgins por 3x0 pelo Clausura. Desde então o time vinha de quatro derrotas e um empate. Enquanto isso, atual campeão equatoriano, o Emelec vinha de duas vitórias e um empate nas três primeiras rodadas do Campeonato Equatoriano.

Dentro de campo o que vimos foi uma Universidad de Chile sem poder de criação e com suas principais peças bem abaixo do que mostraram na temporada passada. Um Pereiro perdido na marcação, um Espinoza impreciso na criação e um Canales facilmente anulado pela dupla de zaga equatoriana.

Postada num 4-3-3 pelo técnico Martín Lasarte, que nos oito jogos realizados na temporada, repetiu a escalação apenas uma vez, viu um time cometendo vários erros, desde a passes na saída de bola e no ataque, até a falhas na marcação. Com 54% de posse de bola e 88% de aproveitamento nos passes, o time não hesitou em cruzar bolas: foram 25 cruzamentos, sendo que apenas sete foram certos.

As principais jogadas surgiam de cruzamentos ou cobranças de escanteio. Foi assim a maioria das 14 finalizações do time no jogo, sendo que apenas três foram certas. Mesmo com as substituições e com o adversário terminado a partida com apenas nove jogadores dentro de campo, a Universidad de Chile tentou pressionar, mas sem muito sucesso. Três pontos perdidos que podem e vão fazer muita falta na disputa por uma  das vaga nas oitavas de final.

O LADO VENCEDOR

Mantendo seu estilo de jogo, o Emelec faz uma grande partida em Santiago. Gustavo Quinteros, mantendo o 42-3-1 utilizado na conquista do último título nacional, viu seu time criar as melhores chances e praticamente não sofrer pressão, pelo menos enquanto esteve com onze em campo.

O gol poderia ter saído ainda na primeira etapa, principalmente quando Miller Bolaños deixou Escalada duas vezes na cara do gol. Mas cansado de ver seu companheiro de equipe desperdiçar as chances criadas, o próprio Bolaños, após tabelar com Mena e driblar a marcação dentro da área, abriu o marcador aos 18' do segundo tempo.


Aliás, Bolaños merece um destaque a parte: Principal figura do time desde a temporada passada, assumindo o papel de protagonista deixado por Enner Valencia, Bolaños é o meia pelo centro no 4-2-3-1, mas com intensa movimentação, aparece na esquerda, na direita e até dentro da área. Força física para proteger a bola da marcação, visão de jogo apurada e ótima qualidade no passe são algumas de suas principais características.

Crédito: Footstats - área de atuação de Bolaños contra a Universidad de Chile

A vitória poderia ter sido mais tranquila se Narváez e Giménez não fossem expulsos na reta final do segundo tempo, ambos por terem tomado o segundo cartão amarelo. Mas no final, los Eléctricos conseguiram quebrar um tabu de 48 anos sem vitórias em terras chilenas e somaram três pontos importantes num grupo equilibrado como é esse 4 da Libertadores, que ainda tem Internacional e The Strongest.

Na próxima rodada, no dia 24, o Emelec recebe o The Strongest, em Guayaquil, enquanto a Universidad de Chile viajará até o Brasil para encarar o Internacional, em Porto Alegre,

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