quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Reconstruído, Zamora estreia com derrota, mas promessa é destaque




Por: Felipe Ferreira (@felipepf)

A primeira noite da fase de grupos da Libertadores contou com a estreia do Internacional na altitude boliviana, um show do Racing na Venezuela e uma bom início do perigoso Independiente Santa Fé. Diante disso, parece, de certa forma, vir analisar pelo lado técnico e destacar o modesto Wanderes x Zamora, um jogo sem muito alarde entre duas equipes que até podem surpreender dentro do Grupo 5 (chave também de Boca Juniors e Palestino), mas já fazem muito por estarem entre no centro das atenções do continente. Mesmo com tais pesares, valeu a pena parar pra acompanhar os 90 minutos do jogo realizado no Uruguai, tanto pelo jogo em si, no entanto, principalmente, para observar um pouco mais do interessante time venezuelano.

O jogo entre uruguaios e venezuelanos teve alguns contornos épicos, com caráter típico de Libertadores. Foram cinco gols, cinco expulsos e, no fim, uma boa vitória do Wanderes, depois de sofrer para se impor mesmo jogando sob seus domínios por 3 a 2. No entanto, o que mais chamou a atenção não foi o vencedor ou as grandes emoções da disputa, quem roubou a cena foi o primeiro jovem valor que já deu provas de seu talento no certame sul-americano: Jhon Murillo, atacante do Zamora.

Campeão absoluto da liga nacional nas duas últimas temporadas, o clube venezuelano teve um segundo semestre em 2014 tenebroso quando Chita Sanvicente deixou o comando técnico da equipe para assumir a seleção do país e jogadores de destaque, como o atacante Juan Falcón, tomaram novos rumos. Neste contexto, ascendeu a figura do treinador Juan Quintero, que, contando com um elenco longe de ser competitivo, reuniu jogadores da casa, deu espaço para novos valores e, assim, deu a margem para os Llaneros reencontrarem o bom futebol, vindo, no contexto atual, a ser dominante dentro do Clausura venezuelano, o campeonato do momento.

Diante de tais precedentes, de pouco em pouco, Jhon Murillo passou a ter mais espaço, até porque a liga venezuelana é bastante exigente quanto a aproveitamento de jovens atletas locais, e, do alto de seus 19 anos, chamou a responsabilidade, credenciando-se como principal nome do Zamora e principal jovem estrela do futebol da Venezuela. Comparado a Balotelli pelo físico, Murillo é um jogador de explosão e, com tamanha responsabilidade, acaba sempre aparecendo com muita competência pelos flancos, tendo o lado direito como seu preferido, embora seja usado também pela esquerda.

Depois de participar do Sul-Americano Sub-20 com a seleção de seu país, a promessa venezuelana estreou pelo selecionado principal na última semana em amistoso contra Honduras e apresentou seu cartão de visitas marcando o gol da vitória vinotinto. Em ótima fase, repetiu a ótima atuação na sua estreia na atual edição da Libertadores e já se credencia como um dos nomes a serem observados ao longo do torneio.



Mesmo tendo sido expulso por confusão com adversário nos minutos finais, Jhon nos premiou com ótimos minutos de bom futebol, revelando toda sua habilidade e velocidade. Partindo pra cima dos defensores aproveitando-se de seu ótimo vigor físico, foi o grande motor do time junto a boa dupla de volantes (Arles Flores, que marcou um belo gol na noite de ontem, e Luis Vargas - outros dois jovens que merecem atenção), dando provas concretas de especulações relativa a uma possível transferência para algum centro de maior expressão não são à toa.

Muito provavelmente, o Zamora não irá longe nem será uma grande zebra nessa Libertadores. Não é um primor técnico, muito menos um time que valha a pena abdicar de tudo para vê-lo jogar, contudo, pela eficácia do processo de reconstrução e por Jhon Murillo, já chama a atenção e adquire um carisma especial, assim, até vale a pena deixar um jogo de alarde de lado para acompanhar o jovem clube venezuelano e, acima de tudo, sua estrela de apenas 19 anos.

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Emelec afunda La U e larga bem na Libertadores

Foto: Ecuagol - Bolaños comemorando o gol da vitória
Por: Gustavo Ribeiro (@Gustavora17)
Se fôssemos olhar os números, o favoritismo era chileno. A Universidad de Chile não estreava na Libertadores com derrota desde 2010, quando caiu diante do Caracas por 1x0, na Venezuela. Desde então, foram três jogos com três vitórias. Ao longo da história contra equipes equatorianas, foram 14 jogos disputados com sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

Mas se olharmos pelo momento atual das duas equipes, o resultado em Santiago não foi nenhuma surpresa. A Universidad de Chile não sabe o que é vencer desde o dia 10 de janeiro, quando venceu o O'Higgins por 3x0 pelo Clausura. Desde então o time vinha de quatro derrotas e um empate. Enquanto isso, atual campeão equatoriano, o Emelec vinha de duas vitórias e um empate nas três primeiras rodadas do Campeonato Equatoriano.

Dentro de campo o que vimos foi uma Universidad de Chile sem poder de criação e com suas principais peças bem abaixo do que mostraram na temporada passada. Um Pereiro perdido na marcação, um Espinoza impreciso na criação e um Canales facilmente anulado pela dupla de zaga equatoriana.

Postada num 4-3-3 pelo técnico Martín Lasarte, que nos oito jogos realizados na temporada, repetiu a escalação apenas uma vez, viu um time cometendo vários erros, desde a passes na saída de bola e no ataque, até a falhas na marcação. Com 54% de posse de bola e 88% de aproveitamento nos passes, o time não hesitou em cruzar bolas: foram 25 cruzamentos, sendo que apenas sete foram certos.

As principais jogadas surgiam de cruzamentos ou cobranças de escanteio. Foi assim a maioria das 14 finalizações do time no jogo, sendo que apenas três foram certas. Mesmo com as substituições e com o adversário terminado a partida com apenas nove jogadores dentro de campo, a Universidad de Chile tentou pressionar, mas sem muito sucesso. Três pontos perdidos que podem e vão fazer muita falta na disputa por uma  das vaga nas oitavas de final.

O LADO VENCEDOR

Mantendo seu estilo de jogo, o Emelec faz uma grande partida em Santiago. Gustavo Quinteros, mantendo o 42-3-1 utilizado na conquista do último título nacional, viu seu time criar as melhores chances e praticamente não sofrer pressão, pelo menos enquanto esteve com onze em campo.

O gol poderia ter saído ainda na primeira etapa, principalmente quando Miller Bolaños deixou Escalada duas vezes na cara do gol. Mas cansado de ver seu companheiro de equipe desperdiçar as chances criadas, o próprio Bolaños, após tabelar com Mena e driblar a marcação dentro da área, abriu o marcador aos 18' do segundo tempo.


Aliás, Bolaños merece um destaque a parte: Principal figura do time desde a temporada passada, assumindo o papel de protagonista deixado por Enner Valencia, Bolaños é o meia pelo centro no 4-2-3-1, mas com intensa movimentação, aparece na esquerda, na direita e até dentro da área. Força física para proteger a bola da marcação, visão de jogo apurada e ótima qualidade no passe são algumas de suas principais características.

Crédito: Footstats - área de atuação de Bolaños contra a Universidad de Chile

A vitória poderia ter sido mais tranquila se Narváez e Giménez não fossem expulsos na reta final do segundo tempo, ambos por terem tomado o segundo cartão amarelo. Mas no final, los Eléctricos conseguiram quebrar um tabu de 48 anos sem vitórias em terras chilenas e somaram três pontos importantes num grupo equilibrado como é esse 4 da Libertadores, que ainda tem Internacional e The Strongest.

Na próxima rodada, no dia 24, o Emelec recebe o The Strongest, em Guayaquil, enquanto a Universidad de Chile viajará até o Brasil para encarar o Internacional, em Porto Alegre,

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Exercício didático sobre o funcionamento do novo Campeonato Argentino


Racing: o último dos campeões dos saudosos "torneos cortos" (Foto: La Redó)

Por: Jhon Tedeschi (@jhontedeschi)

No final da tarde desta sexta-feira (13) começa mais um Campeonato Argentino em nossas vidas. Parece uma grande ironia o certame se iniciar em uma “sexta-feira 13”, mas a verdade é que a mudança radical no regulamento coloca em xeque a efetividade na organização do campeonato e, acima de tudo, a qualidade técnica do mesmo.

Serão 30 equipes participantes, as 20 que militavam na elite até o segundo semestre de 2014, e os 10 clubes que ascenderam do Torneo de Transición Primera B Nacional. Estão extintos os torneios curtos (Apertura/Clausura e Inicial/Final), que já eram marca registrada do fútbol argentino, e o calendário, que até então era o “europeu”, será o do “ano-calendário” – o campeonato começa hoje, e terminará apenas em dezembro.

Os clubes tiveram cerca de 9 meses para se adaptar a esta nova realidade, uma vez que o anúncio do novo calendário foi feito ainda no final de abril de 2014. O último campeonato disputado neste modelo, de um torneio único, havia sido na distante temporada de 1966 – nas temporadas 1985/85 e 1989/90 também foram disputados torneios únicos, mas respeitando o calendário “europeu”.

O leitor deve estar se perguntando o porquê da AFA mudar um regulamento que era aparentemente efetivo – apesar dos pesares –, para inchar um campeonato na elite. A resposta é simples: medida populista. A organização e quem manda no futebol na Argentina é, via de regra, gente diretamente ligada ao governo Kirchner, que visa a aumentar sua popularidade apelando para a medieval política do “pão e circo”.

O novo modelo de disputa

Conforme o exposto anteriormente, os torneios curtos (infelizmente) foram extintos. As 30 equipes disputarão um torneio único, onde todos se enfrentarão, apenas uma vez. Na rodada 24, os clássicos serão repetidos, apenas com a inversão do mando de campo, como medida bem discutível de nivelamento técnico. O campeonato terá um hiato entre 31 de maio e 12 de julho, para a disputa da Copa América, no Chile. A fase regular começa agora, em fevereiro, e se encerra na primeira semana de novembro.

O campeão, obviamente, será o que acumular mais pontos ao longo do campeonato. Pelo menos isso não mudou. Ao contrário dos anos anteriores, quando a classificação para as copas internacionais se dava pela soma dos pontos dos torneios curtos ao longo do ano, e não da temporada, em 2015 teremos Liguillas seletivas para a Libertadores da América e a Copa Sul-Americana. As Liguillas serão disputadas nos meses de novembro e dezembro.

Aparentemente a coisa é simples, mas vamos ver que não é bem assim. Campeão e vice estão classificados para a fase de grupos da Libertadores 2016, até aí tudo OK. Como a Argentina tem 5 vagas para La Copa, restam 3, e uma delas será do campeão da Liguilla pré-Libertadores. Esta seletiva será um play-off simples, onde jogarão o 3º vs 6º e 4º vs 5º colocados na fase regular do campeonato. As semi-finais serão em jogo único e a final em duas partidas.

O derrotado na final da Liguilla pré-Libertadores estará automaticamente classificado para a Copa Sul-Americana 2016. Restarão 5 vagas, 4 delas em disputa na Liguilla pré-Sul-Americana. Entraremos nos detalhes quanto a fórmula de disputa desta seletiva quando for pertinente, mas é importante saber que ela envolverá do 7º ao 18º colocados na fase regular, além dos perdedores das semi-finais da Liguilla pré-Libertadores.

Quanto ao rebaixamento, seguimos com a maravilhosa “tabla de descenso”, que medirá o promedio (quociente entre o número de pontos e o número de jogos) das equipes nas últimas quatro (!) temporadas (a saber: 2012/13, 2013/14, Torneo de Transición 2014 e 2015). Serão apenas duas equipes rebaixadas ao final da temporada.

Como se reforçaram as principais equipes?

Sabendo das agruras que um campeonato longo oferece, as maiores equipes buscaram reforçar bem seus elencos, ao passo que as equipes menores perderam seus principais jogadores e precisaram ser muito precisas nos movimentos de garimpar talentos para seus grupos. Os 5 grandes, por exemplo, foram forte ao mercado, contratando com qualidade – no caso do Boca Juniors, também em quantidade. Até porque 4 deles (à exceção do Independiente) estarão na disputa da Libertadores da América neste ano.

E começamos falando justamente do Boca Juniors, que anunciou nada menos que 9 novos jogadores, apesar de ter perdido alguns outros tantos. Os principais reforços são os ótimos Pablo Pérez (volante) e Guillermo Sara (goleiro), que retornam do futebol espanhol, o meia uruguaio Nicolás Lodeiro, que estava no Corinthians, e o centroavante ítalo-argentino Pablo Daniel Osvaldo, ex-Internazionale/ITA.

O River Plate, campeão da Sul-Americana e da Recopa, empolgou no início da janela de transferências acertando o retorno de Pablo Aimar, que logo se lesionou e dificilmente ficará tão cedo à disposição de Marcelo Gallardo. Os millonarios não perderam nenhum grande valor, e reforçaram seu grupo com o promissor Gonzalo Pity Martínez, que chegou do Huracán, e com o uruguaio Camilo Mayada, destaque do Danubio/URU.

Os rivais de Avellaneda tiveram posturas distintas, mas com uma coisa em comum: ambos perderam muitos jogadores importantes.O Racing, atual campeão argentino, perdeu um de seus principais jogadores, Ricardo Centurión, que foi para o São Paulo. Em contrapartida, chegou o paraguaio Óscar Romero, bom valor do Cerro Porteño/PAR.

Já o Independiente perdeu muitos jogadores a nível de grupo, a se destacar o meia Federico Insúa e o atacante Sebastián Penco, que foram para o futebol colombiano, mas contratou o ótimo atacante Lucas Albertengo, ex-Atlético Rafaela, e os experientes defensores Emiliano Papa e Mauricio Victorino.

Defensor do título maior do continente nesta temporada, o San Lorenzo se reforçou com dois nomes que, particularmente, são muito interessantes. Um é o volante Franco Mussis, que estava no Genoa, mas foi muito bem no Gimnasia y Esgrima/LP, e o outro é o meia Sebastián Blanco, revelado pelo Lanús e que atuava no futebol inglês. Dos jogadores que saíram, o mais utilizado era o defensor Walter Kannemann, contratado pelo Atlas/MÉX.

E as menores equipes, como se comportaram na pré-temporada?

Temos dois grupos das chamadas “menores equipes”, que são os clubes importantes, de certo porte e que já militavam na elite do fútbol argentino, e os “quadros chicos”, sem grande estrutura ou poderio financeiro, que certamente enfrentarão alguma dificuldade ao longo da temporada. Entre os primeiros, destacam-se Estudiantes/LP e Huracán, que estão na Libertadores da América, Vélez Sarsfield, Newell’s Old Boys e Rosario Central.

O Huracán surpreendeu o continente ao conquistar a Copa Argentina no ano passado, mas, acima de tudo, ao derrubar o Alianza Lima/PER na 1ª fase da Libertadores. O elenco perdeu um de seus melhores jogadores, Pity Martínez, negociado com o River Plate. O outro argentino que passou pela fase eliminatória da Libertadores, o Estudiantes/LP, também perdeu um de seus principais atletas, Joaquín Correa, que foi para o futebol italiano, mas três nomes de destacam entre os reforços: o uruguaio Álvaro Pereira, e os jovens revelados pelo Boca Juniors, Juan Sánchez Miño e Luciano Acosta.

Os clubes de Rosario não tiveram tanto destaque no mercado de transferências, além de não terem times tão promissores para a temporada 2015, tanto é que os principais nomes são os treinadores; Américo Gallego, do lado do Newell’s, e Eduardo Coudet, do lado do Central. O Vélez Sarsfield segue apostando forte nas categorias de base, mas repatriou os experientes Hernán Pellerano e Leandro Somoza, além da contratação de Mariano Pavone, em reposição à saída de Lucas Pratto, que foi para o Atlético Mineiro.

Das outras 20 equipes, destacaria as participações do Quilmes (se reforçou com Bieler, Buonanotte e Tito Ramírez), Tigre (teve o retorno de Echeverría e as chegadas de Pelletieri e Neumann Morales), Colón (contratações de Clemente Rodríguez e Pablo Ledesma, ambos ex-Boca Juniors), Lanús (apesar do desmanche teve os retornos de Fritzler e Leto) e Banfield (chegadas de Viatri, Civelli e Maxi Calzada) no mercado.

Quem briga pelo título? Quem vai lutar para não cair?

Os torneios curtos tinham o interessante ingrediente da imprevisibilidade, pois qualquer equipe poderia aproveitar uma boa fase e arrancar para o título. Este ano, com um campeonato mais longo, o número de candidatos ficou bem restrito, apesar do equilíbrio entre as maiores equipes.

Por ter se reforçado melhor que seus concorrentes diretos, é inevitável apontar o Boca Juniors como principal candidato ao título. Se o técnico Rodolfo Arruabarrena conseguir encaixar as peças na sua bem ajustada estrutura montada na temporada passada, os xeneizes chegam fortes para a disputa do título argentino e também da Libertadores da América.

Os maiores concorrentes do Boca Juniors serão os arqui-rivais River Plate e Independiente, que são os clubes que mostram estrutura técnica para confrontar o clube da Ribera. Os bem organizados taticamente Estudiantes/LP, Racing e San Lorenzo vão correr por fora, sendo favoritos às vagas na Liguilla pré-Libertadores.

Como tivemos muitos acessos na temporada passada, os candidatos ao rebaixamento também não serão poucos. O Crucero del Norte, pela estrutura reduzida, e pela distância geográfica em relação às demais equipes, é ficha 1 para o descenso. Aldosivi, Defensa y Justicia, Sarmiento e Temperley, desacostumados à elite, também deverão sofrer durante o ano. Atlético de Rafaela, Olimpo, Tigre, Quilmes e Banfield, com pontuação baixa acumulada ao longo das últimas temporadas, precisarão ficar de olho nos promedios, para evitar uma surpresa desagradável ao final do ano.

A rodada inaugural do Campeonato Argentino 2015 começa nesta sexta-feira (13), com duas partidas. O primeiro jogo, às 19h (horário brasileiro de verão), será entre Vélez Sarsfield e Aldosivi, no José Amalfitani. Na sequência, às 22h10, o Racing começa a defesa do título do último torneio recebendo o Rosario Central, em Avellaneda - muito bom jogo, por sinal. Abaixo, os demais jogos da rodada (todos considerando o horário brasileiro de verão):

14/02, 18h, Nuevo Gasómetro - San Lorenzo vs Colón
14/02, 18h, Juan Carmelo Zerillo (Del Bosque) - Gimnasia y Esgrima/LP vs Defensa y Justicia
14/02, 20h15, Malvinas Argentinas - Godoy Cruz vs San Martín/SJ
14/02, 21h, Marcelo Bielsa (Coloso del Parque) - Newell's Old Boys vs Independiente
14/02, 21h30, Florencio Sola - Banfield vs Temperley
14/02, 22h30, Comandante Andrés Guacuarí - Crucero del Norte vs Tigre
15/02, 18h, 15 de Abril - Unión/SF vs Huracán
15/02, 18h, Centenario de Quilmes - Quilmes vs Lanús
15/02, 19h15, La Bombonera - Boca Juniors vs Olimpo
15/02, 20h10, La Paternal - Argentinos Juniors vs Atlético de Rafaela
15/02, 22h30, Eva Perón - Sarmiento vs River Plate
16/02, 19h, El Viaducto - Arsenal vs Estudiantes/LP
16/02, 22h10, Mario Alberto Kempes - Belgrano vs Nueva Chicago

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pelo bem do "espírito Libertadores", ficamos com Escobar

Pablo Escobar (ao centro), o herói da classificação do Strongest a fase de grupos da Libertadores (Foto: EFE)

Por: Felipe Ferreira (@felipepf)

A presença de clubes mexicanos na Libertadores levanta inúmeras discussões. Há quem defenda, há quem seja contra e o intuito deste post não é tratar desse tema, até porque o intuito não é comentar qualquer questão técnica, é falar da aura do futebol sul-americana e a paixão sobre o qual ele se apoia, algo que é difícil descrever, afinal, trata-se de um sentimento demonstrado pela adoração a estádios os quais nada lembram as modernas arenas da última Copa do Mundo e estilo de jogo nada parecido como o Bayern do Guardiola ou o Barcelona de Messi e Neymar.

Sob tal contexto, a tão amada Copa Libertadores da América destaca-se como o simbolismo máximo desse sentimento. Nas canchas libertadoras, não se discute técnica (bom ressaltar: não sou adepto de que é preciso jogar feio e encher o time de uruguaios para conquistar a competição), o que se vê é um louvor a essência do esporte, ao lado alternativo da modalidade que todos deveriam amar e idolatrar, do jogo como jogo, com, mesmo diante do lado empreendedor da modalidade, ainda resta coração e, claro, provas de amor.

É claro que, no papel, os times mexicanos são melhores do que tantos equatorianos, bolivianos e venezuelanos, como também é claro que seria ótimo uma união da Concacaf a Conmebol e, enfim, vermos um verdadeiro torneio das Américas, contudo, guardemos essas discussões para depois, o importante é a deixa do embate entre técnica e amor, algo fundamental para tecermos qualquer comentário a respeito de The Strongest 2 x 0 Monarcas Morelia, realizado na noite de ontem.

O futebol na Bolívia desenvolveu-se bem nos últimos tempos. É claro que a altitude ainda é o principal jogador dos clubes do país, mas, campanhas como a do Bolívar na última edição da Copa Libertadores, estão para mostrar o sentido de um dos mais bobos clichês futebolísticos: não há mais bobo em lugar algum (nem na Bolívia). 

Analisando as prévias, o retrospecto de ambos e os plantéis, o confronto entre Strongest e Monarcas guardava um relativo favoritismo ao segundo, afinal, trata-se de um time que disputa uma liga mais competitiva e, até mesmo, conta com um orçamento. É claro que com tal panorama, pipocam comentários tendenciosos pregando o ideal: "Os mexicanos precisam vencer, porque todo time do México é perigoso e agrega nível técnico muito maior a Libertadores. Os bolivianos são fracos, têm só a altitude a seu favor e, dá uma olhada, o craque deles é o Pablo Escobar, aquele ex-Santo André, Mirassol, que não jogou em time grande nem no Brasil".

Sim, amigos, o Monarcas Morelia agregaria muito mais em nível técnico a Libertadores. Entretanto, o questionamento é o seguinte: quem liga apenas para o lado técnico na Copa?

Nas partidas de ida e volta do confronto entre mexicanos e bolivianos na briga por uma vaga na fase de grupos no principal torneio da América do Sul, ficou notório tantas e tantas limitações no Strongest, como ficou nítida um relativo desinteresse com o jogo por parte dos mexicanos, e, acima de tudo, ficou evidente a paixão e a determinação. Paixão e determinação do Pablo Escobar, o mesmo que não jogou em time grande algum em terras tupiniquins e rodou o humilde interior paulista.

Chamado de mágico pela imprensa boliviana, Escobar não faz mágica e não é um primor, porém apenas de notar o carinho dispensado tanto por jornalistas de seu país como por torcedores mostra uma faceta diferenciada do atacante ídolo do Santo André. É um lado cujo o alicerce é a compensação da falta de habilidade, com determinação, carinho e competência ao se honrar a camisa que veste, honrar a função de ídolo e capitão, chamar um carisma diferenciado e trazer o espírito passional para dentro das quatro linhas.

Na partida de ida, o paraguaio naturalizado boliviano já havia marcado o gol do Tigre no empate de 1 a 1 em solo mexicano. Na volta, em um jogo duro com um gramado pesado devido as fortes chuvas, Escobar chamou a responsabilidade para si, chamou o técnico Oscar Craviotto para uma conversa na beira do campo e, do alto de seus 36 anos, ele não foi só jogador, foi treinador, comandante e, acima de tudo, herói.

Herói porque, em meio a um jogo disputado e com a vaga para a próxima fase em aberto, chamou a responsabilidade para si, marcou 2 gols nos últimos cincos minutos e fez algo, como ele mesmo definiu em entrevista pós-jogo, histórico. Pesando muito mais a determinação, a longa história junto ao Strongest, já trazendo o primeiro grande momento dessa Libertadores e a sua emoção ao fim do jogo, entra para a galeria de imagens históricas do torneio. 

O Monarcas Morelia e o futebol mexicano até podem trazer uma melhoria ao nível técnico da competição, contudo, o "espírito Libertadores" vai muito além disso, supera os limites de paixão e determinação, se exaltando com este humilde despontar de heróis improváveis e contestados.

Pelo bem desse espírito, ficamos com Escobar para a fase de grupos.

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Holandês no Equador, um retrato do mundo globalizado


Por: Felipe Simonetti (@felipesimonetti)

O futebol é obviamente um reflexo da sociedade contemporânea. Sabendo disso, toda intensificada globalização se transpõe também para o futebol, ou seja, mercadorias que antes não passavam nem perto de certos países hoje são realidade. Há de se considerar, no entanto, que esse tráfego é desigual ao redor do mapa, afinal, a Europa movimenta muito mais produtos (no caso, craques) do que a África ou a América.

Seguindo a mesma linha de pensamento, vê-se hoje na Europa equipes inteiras sem nenhum jogador do país sede do time. Esse foi o caso, por exemplo, da Internazionale de Milão que venceu a Champions League 2009-2010 que de italiano mesmo não tinha ninguém no time titular. Contudo, vendo equipes sul-americanas, o máximo que se vê é um argentino, uruguaio ou colombiano jogando em terras tupiniquins.

Entretanto, para tudo há uma exceção e curiosamente que fez parte dela foi o Deportivo Azogues da primeira divisão do Equador. Por sua conta no Twitter, o clube anunciou a contratação de um holandês! O jovem  Vinic Advenier, de 19 anos, já veste a camisa de treino com o periquito estampado no escudo e defenderá o time nessa temporada.

Pois é, nota-se assim que o futebol, assim como o mundo, não é mais o mesmo e até estrangeiros jamais pensados nessas terras estamos vendo. Os tempos, de fato, mudam.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Empate com golaço e comemoração polêmica mantêm má fase da Universidad de Chile




Por: Bruno Núñez (@BrunoNunez)

Atual campeã do Chile, a Universidad de Chile ainda não conseguiu se encontrar no Clausura. A equipe laica empatou em 2 a 2 com o Huachipato, fora de casa, no estádio CAP, em Talcahuano. A má fase da equipe não ficou apenas no resultado, mas também na atitude do argentino Leandro Benegas, que após um golaço de bicicleta, provocou a sua própria torcida e foi expulso.

Benegas se explicou e disse que não faltou o respeito com nenhum torcedor da U. Segundo o argentino, a comemoração exacerbada foi um desabafo pelo jogo contra o Deportes Iquique, no qual o atacante afirmou não ter dado nada certo. O jogador declarou estar arrependido pelo ato.

No jogo, o Huachipato começou melhor e abriu o placar aos 37 minutos do primeiro tempo com Andrés Vilches. A Universidad de Chile respondeu no fim da etapa com o gol de bicicleta de Benegas, que acarretou em sua expulsão após a comemoração.

A equipe de Talcahuano tentou aproveitar a inferioridade númerica do time da capital e conseguiu ficar à frente do marcador aos 11 minutos da segunda etapa com um tento de Nicolás Crovetto. Mesmo com 10 jogadores, La U igualou novamente o placar com Gustavo Canales, aos 16 minutos.

O resultado deixou a Universidad de Chile na 14ª posição do Clausura, com 5 pontos. A equipe do Huachipato tem a mesma pontuação dos laicos, mas ocupa o 15º posto da classificação geral.

Primeiro tropeço do líder
A Universidad de Concepción liderava o Clausura com 100% de aproveitamento, mas conheceu a derrota na sexta rodada. Mesmo atuando como mandante em Yumbel, o elenco penquista caiu diante da Unión Española, que até então não havia vencido no torneio, por 2 a 1. Os gols da vitória dos panaderos foram marcados por Nicolás Berardo e Carlos Salom, enquanto Gabriel Vargas descontou para o Campanil.

O time de Concepción ainda se mantém na primeira colocação do Clausura, com 15 pontos. A Unión Española ocupa a 17ª posição, com apenas quatro unidades conquistadas até o momento.

Quem não aproveitou o tropeço da Universidad de Concepción foi a Unión La Calera. Os cementeros poderiam ter assumido a liderança do Clausura com um triunfo, mas ficaram no empate em 0 a 0 com o Cobreloa, atuando em casa, no estádio Nicolás Chahuán. O elenco calerano é o vice-líder, com 13 pontos.

Já a Universidad Católica encostou de vez. Los Cruzados venceram o Palestino por 3 a 2 em San Carlos de Apoquindo e alcançaram os 13 pontos, ocupando a terceira posição.

Confira os resultados da 6ª rodada do Clausura do Chile:
Huachipato 2 x 2 Universidad de Chile
Colo Colo 4 x 1 Barnechea
Audax Italiano 2 x 1 Santiago Wanderers
San Marcos de Arica 1 x 1 Cobresal
Universidad de Concepción 1 x 2 Unión Española
Deportes Iquique 1 x 2 Antofagasta
Unión La Calera 0 x 0 Cobreloa
Universidad Católica 3 x 2 Palestino
O’Higgins 1 x 0 Ñublense

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Na volta de Macnelly Torres, Junior Barranquilla vence Once Caldas e deixa torcida confiante

Foto: zonacero - Macnelly Torres, com a camisa 10, ao lado de Ovelar

Por: Gustavo Ribeiro (@Gustavora17)

Todo torcedor quer no seu time o camisa 10. Aquele que tem a capacidade de parar a bola, ler todo o jogo e decidir qual a melhor jogada a se fazer. Aquele que com dribles curtos e insinuantes é capaz de definir um jogo ou um campeonato. Aquele que sabe a hora de acelerar o ritmo de uma partida, seja com arranques, infiltrações e tabelas, ou de cadenciá-la com toques curtos e viradas de jogo. E foi isso que o torcedor do Junior Barranquilla viu na noite do último domingo (08), no estádio Metropolitano, com o regresso de Macnelly Torres ao clube.

De volta a Barranquilla após nove anos, três meses e nove dias, Macnelly Torres, em grande estilo, foi um dos destaques na vitória por 2x0 do time sobre o Once Caldas. Já com seus 30 anos e sem o vigor físico de quando estrou pelo clube em 2002, com apenas 17 anos, Macnelly ficou encarregado pela distribuição de jogo e por ditar o ritmo do time e não deixou a desejar.

Em sua primeira passagem, Macnelly Torres era uma jovem figura, que ao lado de Teo Gutiérrez, Carlos Bacca, Omar Pérez e  Luis Carlos Ruiz, participou da conquista do Clausura de 2004 e quebrou um jejum de nove anos do clube sem títulos. 

O time vinha de um empate na primeira rodada, onde o meia não pôde jogar por problemas em sua documentação. Mas no meio da semana, todo o problema com a papelada foi solucionado e o meia, enfim, pôde voltar a entrar em campo após dez meses longe dos gramados. 

O JOGO

O técnico Alexis Mendoza distribui o time num 4-4-2 em losango, deixando o volante Luis Nárvaez mais plantado à frente da zaga, enquanto Macnelly Torres, Aguirre e Ortega ficaram encarregados por municiar a dupla de ataque Mena e Toloza. Percorrendo todo o campo, Macnelly quem mais deu passes e o mais procurado pelo seus companheiros. 

Foram 71 passes nos 90 minutos em que esteve no gramado, dos quais 91,5% foram certos. Jhonny Vásquez, foi o segundo jogado do time nesse quesito, com 49 passes durante todo o jogo. Dos 71 passes durante o jogo, nove  foram para seus companheiros finalizarem a gol.  Mas quando esteve no campo de ataque, a porcentagem de acertos no passe caiu para 82,3%. 

E foi em um desses passes no campo de ataque que saiu o principal lance do meia durante o jogo. Aos 38' minutos do primeiro tempo, Macnelly recebeu na entrada da área, fintou seu marcador com extrema facilidade e, com a frieza que lhe é peculiar, deu belo passe por cobertura para Aguirre cruzar e Edson Tolaza abrir o marcador no Metropolitano. 

Apenas a presença de Macnelly em campo já dava mais confiança aos seus companheiros, que não hesitaram em procurá-lo durante o jogo. Sempre que a marcação apertava, era só tocar a bola no dez que ele resolvia. Michael Ortega e Jorge Aguirre, seus dois companheiros no meio-campo, foram que mais procurou o meia durante a partida. Ortega procurou Torres em 13 oportunidades para lhe entregar a pelota, enquanto Aguirre deu 15 passes para o meia. 

CONFIRA OS GOLS DA PARTIDA:



O jogo terminou com a vitória do time de Barranquilla por 2x1 e os torcedores saíram do Metropolitano mais confiantes para o restante da temporada. Se na conquista do Clausura me 2004, Macnelly Torres era um jovem com enorme talento entre tantas figuras experientes, hoje é sua a missão de guiar um clube que não conquista uma taça desde 2011. 


Demais resultados da segunda rodada da Liga Aguilla 2015: 

Huila 2x1 Jaguares FC
Pasto 0x3 Cortuluá 
Águilas Pereira 1x0 Uniautónoma
Millonarios 2x0 Patriotas Boycá 
Independiente 0x1 Atlético Nacional 
Cucuta 2x2 Santa Fe
Boyaca Chico 0x0 Alianza Petrolera
Deportivo Cali 2x0 La Equidad 
Envigado 1x0 Tolima


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Zagueiro vai de vilão a heroi e Cerro Porteño conquista empate no último minuto


Por: Felipe Ferreira (@felipepf)


Encarando o modesto Deportivo Santaní, o Cerro Porteño era condicionado como o grande favorito do confronto válido pela segunda rodada do Apertura paraguaio, todavia, na prática, a situação foi completamente diferentes. Os Albinegros, que são um dos mais jovens clubes do Paraguai - sua fundação foi em 2009, surpreenderam, chegaram a abrir 2 a 0, contudo, de maneira heroica, o Cerro marcou no minuto final e, ao menos, conquistou um empate de 2 a 2, que deixa a equipe na liderança junto ao próprio Santaní e ao Sportivo Luqueño.

Jogando com uma equipe mista devido ao confronto de volta contra o Deportivo Táchira pela primeira fase da Libertadores no meio de semana, o Ciclón iniciou a partida buscando o ataque, porém, diante de um adversário bastante disciplinado taticamente e eficaz na criança de chances ofensivas, a partida não se desdenhou da maneira a qual era esperada pelos comandados de Leonardo Astrada e, logo aos 6 minutos de jogo, uma vacilada do zagueiro Junior Alonso deu condições para o brasileiro Rodrigo Teixeira encher o pé e abrir o placar para o Depor.

Demonstrando enorme inconstância no ataque, o Cerro sofria para transformar as chances criadas em gol, enquanto o Deportivo Santaní marcava bem e aguardava a hora certa para atacar. No segundo tempo, a situação albirroja ameaçou se tornar melhor com a expulsão de Teixeira depois de reclamação, além do mais, Astrada promoveu a entrada de José Ortigoza no lugar de Güiza, após mais uma fraca atuação do espanhol, visando dar mais força ao ataque, porém nem a vantagem numérica nem a alteração alteraram o panorama do jogo.

Aos 21 minutos da etapa final, o caçula da elite paraguaia viu Wilson Levia ampliar a vantagem e tudo parecia estar decidido. Apenas parecia.

Inerte durante boa parte do segundo tempo, os 10 minutos finais foram de amplo domínio do Cerro Porteño e deu margem para uma reviravolta heroica. Aos 36, José Ortigoza descontou, mas o ponto alto do heroísmo ainda estava por vir já nos acréscimos, quando o contestado Junior Alonso, o mesmo que errara no primeiro gol do Deportivo Santaní, apareceu para, de cabeça, empatar o jogo, selando o resultado final.

Olimpia e Nacional ficam no 0 a 0 e seguem sem vencer


Depois de saírem derrotados na primeira rodada do Apertura paraguaio, Olimpia e Nacional estavam em busca de sua primeira vitória no torneio, porém, no fim das contas, restou um 0 a 0 como prêmio de consolo, permitindo que marcassem o primeiro ponto na liga, mas, independente disso, o resultado também aumenta a pressão sobre ambos para  a sequência da temporada.

Impulsionado por sua torcida, o Olimpia até deteve mais posse de bola de na etapa inicial, no entanto, abusando dos cruzamentos, mesmo erro cometido na estreia contra o Rubio Ñu, a equipe não conseguia levar perigo efetivo a meta do Nacional, que também pouco criava e chegava a assustar apenas em remates de média distância. No fim das contas, os dois últimos representantes do Paraguai em uma decisão de Libertadores (2013 e 2014) proporcionaram um primeiro tempo ruim, com muitos poucos atrativos.

Na volta ao intervalo, a situação melhorou imensamente. De cara, os donos da casa já trataram de partir para cima e o Tricolor paraguaio respondia na mesma intensidade. A entrada de Juan Manuel Salgueiro no vice-campeão da Libertadores de 2013 melhorou o setor do meio-campo e o uruguaio, ditando o ritmo na cancha, criava boas oportunidades com seus ótimos passes, já, no Decano, as entradas de Cristian Colmán e Arnaldo Castorino acresceu a técnica que falta, contudo, apesar de tantos esforços e da melhora técnica, o zero permaneceu no placar até o fim.

Resultados da segunda rodada do Apertura paraguaio:

Deportivo Capiatá 1 x 2 Guaraní 
General Díaz 3 x 0 Sol de América 
Libertad 1 x 0 Rubio Ñu 
San Lorenzo 3 x 3 Sportivo Luqueño
Nacional 0 x 0 Olimpia
Cerro Porteño 2 x 2 Deportivo Santaní

Fonte: Wikipedia

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Zamora fica no empate com Mineros, mas mantém liderança na Venezuela



Por: Felipe Ferreira (@felipepf)


No duelo entre os dois times venezuelanos já garantidos na fase de grupos da Copa Libertadores, o equilíbrio e disputa permaneceram do início ao fim. Com muitas emoções e um ritmo intenso, Mineros de Guayana e Zamora travaram uma árdua partida, porém, no fim, o zero permaneceu no placar durante os 90 minutos, resultado este que mantém os Blanquinegros na liderança do Clausura.

Mesmo jogando fora de casa, os primeiros ímpetos ofensivos foram do Zamora, que, em meio a um jogo travado no meio-campo, aproveitava da velocidade para criar suas primeiras chances claras de gol. Pouco a pouco, o Mineros foi se encontrando no jogo e, passando a ter mais posse de bola, superou a pressão inicial adversária para ditar o ritmo do encontro.

A partida ia tomando proporções eletrizantes, contudo, uma decisão equivocada do árbitro acabou prejudicando o decorrer do confronto. Ainda no primeiro tempo, o capitão do conjunto visitante, Luis Vargas, foi expulso e trouxe dor de cabeça ao técnico Julio Quintero, que acabou ordenando sua equipe a se posicionar com duas linhas de quatro e buscar jogo apenas no contra-ataque, assim, o 0 a 0 permaneceu durante todos os 45 minutos iniciais.

No segundo tempo, o ritmo eletrizante tornou a se fazer presente. Logo no início, Jhon Murillo foi derrubado na área e, equivocadamente, o árbitro não assinalou pênalti a favor dos Mineros, que ainda veria, em um contra-ataque, o Zamora quase abrir o placar com James Cabezas. Depois disso, ambas as equipes permaneceram jogando para frente e outras boas oportunidades foram criadas, principalmente por meio da bola parada e remates de média distância.

Apesar de tamanho esforço, principalmente por parte da Furia Llanera, que jogou com um jogador a menos desde o primeiro tempo, a bola acabou não encontrando o caminho do gol e, no fim das contas, restou um ponto para cada um dos times, empate que, além de manter o Zamora na primeira colocação, amplia sua sequência invicta para 13 partidas.

Caracas apenas empata com Aragua e perde chance de se aproximar do líder


Mesmo com um jogo ainda por fazer, o Caracas perdeu uma ótima oportunidade de perseguir o líder Zamora ainda mais de perto. Com o tropeço dos Blaquinegros contra o Mineros, a equipe homônima da capital venezuelana poderia estar a apenas um ponto do primeiro lugar, porém, visitou o Aragua e acabou apenas empatando, seguindo a três pontos da liderança.

O primeiro tempo foi todo do Aragua, que, jogando em casa, pressionou o Caracas do início ao fim, no entanto, no segundo, as entradas dos juvenis Eduardo González e Leonardo Flores (no lugar dos lesionados Romulo Otero e Jhonder Cádiz) fez com que os Rojos ganhassem novo ânimo na partida. Dessa forma, os primeiros minutos da etapa final foram de enorme pressão do clube comandado por Eduardo Sarago, só que, a parte final da última metade do jogo foi tomada pela inércia e, com poucas chances criadas pelos dois lados, o 0 a 0 permaneceu até o apito do árbitro.

Portuguesa quebra sequência negativa e vence Tucanes


Recém-promovido a elite do futebol venezuelano, a Portuguesa, um dos clubes mais tradicionais do país (é o primeiro pentacampeão da liga nacional), atravessava um momento delicado. Sem vencer desde o segundo semestre passado, entre o Apertura e o Clausura, o time acumulou incríveis 20 jogos sem vitória, mas, contra o Tucanes, esse incômodo jejum chegou ao fim. E com muita classe.

Em casa, a Portuguesa se impôs do início ao fim e, com uma forte marcação e um ótimo aproveitamento das chances criadas, a equipe, sem maiores dificuldades, envolveu o Tucanes sem maiores dificuldades. Diante disso, uma goleada por 4 a 0 foi construída e, agora, o primeiro pentacampeão venezuelano dá um suspiro, visto que, mesmo com o rebaixamento batendo a porta, a vitória renova o ânimo e as chances de permanência na elite.

Os resultados da 5ª rodada do Clausura venezuelano:

Deportivo Táchira x Zulia - Adiado
Deportivo Petare x Estudiantes de Mérida - Adiado
Llaneros de Guanaré 2 x 3 Deportivo Anzoátegui 
Trujillanos 1 x 1 Deportivo Lara
Aragua 0 x 0 Caracas
Metropolitanos 0 x 1 Deportivo La Guaira
Portuguesa 4 x 0 Tucanes
Mineros de Guayana 0 x 0 Zamora
Atlético Venezuela 2 x 2 Carabobo

Fonte: Meridiano

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Técnico do Alianza Lima é agredido em desembarque do time na Argentina


Por: Felipe Ferreira (@felipepf)


A crise no Alianza Lima parece não ter fim. Depois da equipe ter sido derrotada por 4 a 0 pelo Huracán, em casa, pela primeira fase da Libertadores, torcedores ameaçaram e teriam agredido os jogadores, além de clamarem pela saída do treinador Guillermo Sanguinetti. Embora a diretoria tenha feito questão de vir a tona acalmar os ânimos e bancar a permanência do uruguaio, a tensão parece não ter fim.


Hoje, a delegação do clube peruano chegou a Argentina para iniciar a preparação para o confronto de volta contra o Huracán, a acontecer na próxima terça-feira (10) e a recepção dos 150 torcedores que estavam presentes no aeroporto em Ezeiza não foi nada agradável. Pedindo para que Sanguinetti deixasse o Alianza Lima e demonstrando total insatisfação ainda pela goleada da semana passada, os hinchas iniciaram uma manifestação, mas se exaltaram e a situação veio a ser incontrolável. 

Quando o elenco desembarcou, os torcedores cuspiram e insultaram o técnico Guillermo Sanguinetti, acabando por partirem para cima do mesmo, o agredindo. A situação também não ficou barata para o volante Christian Cueva, de apenas 23 anos, que foi abordado pelo grupo de fanáticos e foi intimado a suar a camisa no confronto de volta contra o Huracán.

A situação no Alianza Lima vai tornando-se cada vez mais incontrolável. Com o time indo de mal a pior dentro de campo (no último fim de semana, conheceu nova derrota: dessa vez, para o Sport Huancayo na abertura da Copa Inca), o treinador uruguaio já chegou a discutir com torcedores em entrevistas coletivas e as barras do time, rispidamente, não deixam de cobrar o grupo. Resta aguardar terça para tomarmos conhecimento quanto a mais um capítulo desta lamentável série do futebol sul-americano.

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Na volta do Superclássico de Quito, LDU e Aucas ficam no empate



Por: Felipe Ferreira (@felipepf)

2006, essa foi a última vez em que LDU e Aucas travaram o Superclássico de Quito na elite do futebol equatoriano. Depois de militar 8 anos nas divisões inferiores, os Orientales, enfim, alcançaram o acesso e, no reencontro com a Liga Deportiva na primeira divisão, a equipe recém-promovida chegou a estar na frente do placar, contudo, cederam o empate, assim, o 1 a 1 acabou sendo o placar final.

Com o estádio Gonzalo Pozo Ripalda, casa oriental, lotada e muitas emoções dentro de campo, ambos os times buscaram o ataque desde o princípio, refletindo a acirrada rivalidade na enorme gana pela vitória. Aos 27 minutos da etapa inicial, o Aucas marcou o primeiro gol da partida: cobrança de falta alçada na área e, de cabeça, Santiago Malitagsi abriu o placar, para a festa dos milhares torcedores presentes.

Em desvantagem no placar, a LDU não poupou esforços em, logo de cara, sair para o jogo a fim de buscar o empate. Com isso, poucos minutos depois do gol do rival, os visitantes contaram com Narciso Mina sendo derrubado na área e marcando pênalti, mas, na cobrança, Diego Morales chutou nas mãos do goleiro Sebástian Blázquez e, no rebote, de maneira inacreditável, Enrique Vera isolou a bola por cima do gol.

Jogando muito pelas laterais, o clube campeão da Libertadores de 2008 não desanimou com o pênalti desperdiçado e seguiu pressionando os anfitriões. No segundo tempo, desempenhando um estilo de jogo mais equilibrado, aos 11 minutos, o esforço, enfim, foi premiado com Miller Castillo aproveitando cruzamento de Vera para, de cabeça, encobrir o goleiro e empatar o jogo.

A partir do gol de empate da LDU, o panorama da partida alterou-se drasticamente. Os rivais passaram a abusar das faltas e o jogo passou a ser paralisado com maior frequência. Ameaçado a perder o controle da situação, o árbitro decidiu mostrar pulso firme e expulsou um jogador de cada lado (Quilumba pelo Aucas; Luis Romero pela LDU).

Em uma partida de 10 jogadores contra outros 10, a Liga seguiu pressionando e até mereceu assumir a vantagem no placar, porém o empate permaneceu até o fim. Diante disso, passadas duas rodadas da Primeira Parte do Campeonato Equatoriano, a LDU chegou a 4 pontos e ocupa o 4º lugar, já o Aucas foi a 2 pontos e está na 9ª colocação.

Demais resultados da segunda rodada do Campeonato Equatoriano:

Deportivo Cuenca 1 x 2 Universidad Católica
Emelec 5 x 2 Mushuc Runa
El Nacional 0 x 1 LDU Loja
Independiente del Valle 2 x 0 Deportivo Quito
Barcelona Guayaquil 1 x 1 River Plate

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Recopa e muito mais: o final de semana nas canchas sudacas

Por: Felipe Ferreira (@felipepf)

Mais um fim de semana chegando e, o mais importante, mais um fim de semana com futebol está por vir. Indubitavelmente, nossas atenções estarão voltadas para as tantas canchas da América do Sul, afinal, Recopa Sul-Americana, além das ligas nacionais de Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Venezuela, compõem o cardápio de escolhas entre essa sexta-feira e o domingo. Assim, nossa preocupação foi trazer uma lista de partidas interessantes e que, com certeza, merecem atenção.

River Plate x San Lorenzo (Recopa Sul-Americana)
Hoje, 22h

É o principal e mais atrativo confronto do final de semana na América do Sul. Depois dos vexames diante do Boca Juniors na pré-temporada, o River Plate busca a recuperação e, frente a sua torcida, pretende recuperar a confiança já pensando no Campeonato Argentino, que se inicia na próxima semana, e, obviamente, na Copa Libertadores. Enquanto isso, o San Lorenzo pretende entrar mais forte do que em 2014, mesmo com algumas mudanças no time, e deverá promover a estreia de alguns de seus reforços (destaque para Sebástian Blanco, ex-West Bromwich, e Franco Mussis, ex-Genoa). 

Dois times passando por momentos em que uma vitória seria de suma importância disputam um troféu inédito para ambos, além do acréscimo de toda a rivalidade entre ambos e um Monumental de Nuñez lotado. Imperdível!


Petrolero x Blooming (Clausura - Bolívia)
Domingo, 17h30

A rodada na Bolívia terá Bolívar, líder, e Wilsterman, que empatou os quatro jogos que fez até aqui, medindo rivalidade, porém, levando em conta aspectos técnicos, o jogo mais interessante da rodada é Petrolero Yacuiba x Blooming. O clube de Yacuiba é uma das gratas surpresas deste início de competição e, ocupando o 3º lugar, pode até assumir a liderança em caso de revés do Bolívar, no entanto, também precisa vencer o Blooming, quinto colocado, a quem também interessa a vitória para manter vivas suas chances de terminar a competição no pelotão de frente.


Mineros de Guayana x Zamora (Clausura - Venezuela)
Domingo, 18h30

Invicto até aqui e líder do Clausura, o Zamora buscará manter a ótima fase visitando o Mineros de Guayana, modesto 13º colocado. Embora ambos vivam situações opostas, o fato dos dois já estarem garantidos como representantes venezuelanos na fase de grupos da Libertadores 2015 (Mineros está, inclusive, no grupo do Cruzeiro) garante um lado interessante ao confronto, que tem os Blanquinegros como grandes favoritos.


Nacional x Olimpia (Apertura - Paraguai)
Domingo, 19h

Nacional e Olimpia são duas equipes que até podem se manter bem na parte de cima do Apertura paraguaio, contudo, depois de vacilarem na estreia (o primeiro perdeu para o Guarani por 3 a 1, o segundo para o Rubio Ñu por 1 a 0), buscam a recuperação e uma vitória seria vital para dar confiança para o restante do campeonato, sem contar que, para o Olimpia, significaria transmitir maior tranquilidade a sua torcida, que já pressionou o time depois de uma estreia tão decepcionante.


Universidad Católica x Palestino (Clausura - Chile)
Domingo, 21h30

Enquanto a Universidad de Concepción já vai se desgarrando na liderança do Clausura chileno, as demais equipes sonham em recuperar o fôlego para alcançá-la. Na 5ª colocação, cinco pontos distante do líder, a Universidad Católica recebe o Palestino, embalado com a vitória sobre o Nacional na Libertadores, e, muito além de ter um adversário duro pela frente, se vê obrigada a ter que lidar com uma considerável quantidade de desfalques, dentre estes, Mark González, um dos principais nomes da equipe, que deverá se ausentar por mais algumas semanas devido a lesão. No entanto, mesmo com tais pesares, o jogo deve ser bastante interessante, pelo fato de que ambas as equipes têm a necessidade de vencer para manter ainda qualquer esperança.

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A "Pré-Libertadores" muito além da goleada corinthiana

Por: Felipe Ferreira (@felipepf)

Muito além da goleada do Corinthians sobre o Once Caldas, a abertura da primeira fase da Copa Libertadores, que insistem em chamar de "Pré-Libertadores", reservou muitas outras emoções. Desde o retorno triunfal do Huracán a Cerro Porteño e Nacional sendo surpreendidos, a semana inicial do mais importante torneio da América do Sul foi muito importante para nos mostrar que o espírito copero y peleador está de volta para agradar nossos meios de semana.

Diante de tantos acontecimentos, não poupamos esforços e trazemos à tona uma análise sucinta a respeito dos outros cinco jogos (fora Corinthians 4 x 0 Once Caldas) que inauguraram o certame continental e este é o maior propósito deste post. Por isso, sem mais delongas, vamos ao que interessa.



Alianza Lima 0 x 4 Huracán: o triunfal retorno do Globo


Foram 41 anos longe da Libertadores, mas, ao menos, o Huracán voltou em grande estilo. Encarando o Alianza Lima, fora de casa, em jogo disputado sob portões fechados, os argentinos, ainda sem o ótimo Cristian Espinoza - que está com a seleção argentina sub-20, mostraram um contra-ataque bastante letal e esta foi a principal arma na construção da ótima vitória por 4 a 0 que, praticamente, coloca o Globo no Grupo 1, junto a Mineros de Guayana, Cruzeiro e Universitario de Sucre.

Diante de um adversário inerte, sem a mínima capacidade de reação, os visitantes mostraram-se aplicados e um time a se observar com carinho. Com o volante Patricio Toranzo em grande noite, revelando precisão nos passes e um ótimo apoio ofensivo, o Huracán construiu sua vitória sem maiores dificuldades e ainda teve a oportunidade de ver que Romero Gamarra pode substituir bem Pity Martinez, que se transferiu para o Estudiantes.

Observação: essa partida guardou a cena mais marcante dessa semana inicial da Libertadores. Mesmo com portões fechado, o Globo contou com 70 torcedores seus apoiando o time no Peru e estes entraram no estádio usando credenciais de imprensa. Sensacional!

Monarcas Morelia 1 x 1 The Strongest: a decisão ficou para a altitude

Nas últimas cinco edições da Libertadores, foi apenas em uma que o México viu um de seus representantes passar pela fase eliminatória (2011, com o Jaguares). Em 2015, a situação já começou complicada com o Morelia, que caiu na mesma fase no ano passado, medindo forças com o Strongest e, na partida de ida, jogada em solo mexicano, a equipe apenas empatou em 1 a 1, guardando a decisão para a sempre complicada altitude boliviana.

Quem esperava o Monarcas convencendo como favorito, enganou-se de cara. Desde o início, os bolivianos dominaram as ações da partida e ditaram o ritmo do jogo. Com um gol marcado por Pablo Escobar (sim, aquele ex-Santo André), o Strongest foi capaz de aproveitar muito bem das inúmeras deficiências defensivas do adversário e merecia até sair com a vitória, porém, mesmo que tenha tomado um gol, os comandados de Néstor Craviotto, mantendo sua solidez, entram na partida a ser realizada na Bolívia como favoritos a garantir a classificação para o grupo de Emelec, Internacional e Universidad de Chile.

Deportivo Táchira 2 x 1 Cerro Porteño: os aurinegros vivem

Quem acompanhou o futebol venezuelano entre o fim de 2014 e o começo de 2015, provavelmente, não colocaria fé no Deportivo Táchira, mas é incrível como, depois de superar uma longa sequência negativa, os venezuelanos tornaram a encorpar. Contra o Cerro, os aurinegros demonstraram uma confiança singular, dominaram a maior parte do jogo e, jogando em casa, largaram na frente com um bom triunfo por 2 a 1.

Com Maestrico González doutrinando as ações do meio-campo do Táchira, os paraguaios ofereceram pouco perigo e acabaram achando o gol mesmo devido a extrema competência de Jonathan Fabbro na bola parada. Os anfitriões mostraram-se uma equipe bastante disciplinada taticamente, com boas alternativas no ataque, como o próprio González armando as jogadas ou, até mesmo, remates de longa distância, como o do ótimo Jorge Rogas, que marcou um golaço importantíssimo para a vitória de sua equipe.

Palestino 1 x 0 Nacional: arbitragem polêmica e Decano surpreendido



O Nacional é um dos clubes mais tradicionais da América do Sul, enquanto o Palestino conta com uma história singular. Dessa forma, o confronto no Chile guardava um carisma imprescindível e chamou a atenção de maneira diferenciada dos fãs do futebol sul-americano, uma pena que o árbitro Antonio Arias roubou a cena. Inseguro, o paraguaio expulsou Diego Polenta de maneira injusta e prejudicou o clube uruguaio, que foi derrotado por 1 a 0 e decidirá uma vaga na fase de grupos no Parque Central com portões fechados.

Vivendo uma ótima fase, o Decano teve um ótimo início e chegou a criar boas oportunidades, contudo, a expulsão de Polenta ainda no primeiro tempo alterou completamente a perspectiva do confronto. Tendo um jogador a mais, o Palestino passou a dominar a partida, pressionou, levou perigo à meta adversária e foi premiado com o gol já nos trechos finais da partida.

Observação: Nosso companheiro, Bruno Núñez, fez uma ótima matéria na Gazeta Esportiva ao conversar com o presidente do Palestino e contar um pouco da singular história do clube chileno. Vale muito a pena ler: http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2015/02/campeonato-copa-libertadores/apoiado-por-abbas-e-banco-palestino-clube-chileno-vive-sonho.html

Independiente del Valle 1 x 0 Estudiantes: golaço decide jogo insosso


23h de uma quinta-feira, rolava a bola para Independiente del Valle x Estudiantes, o jogo de encerramento da primeira semana da tão querida Libertadores. No entanto, os fanáticos que decidiram ficar acordados e acompanhar as inexistentes emoções de tal partida transformaram-se em verdadeiros sobreviventes. Em um jogo duríssimo de se assistir, nenhuma das equipes criou boas oportunidades e, no fim das contas, um golaço marcado por Mauricio Pineida (vídeo acima) decidiu o jogo a favor dos equatorianos.

À 2500 metros de altitude, o Estudiantes reconhecia as dificuldades impostas pelo ambiente e, desde o início, preocupou em se resguardar, enquanto Independiente del Valle detinha a posse de bola e buscava sair para o jogo, mas esbarrava em suas próprias limitações. Na equipe equatoriana, o jovem Gabriel Cortez, de apenas 19 anos, destoava do nível de seus companheiros, só que também não vivia uma de suas melhores noites e, no fim, o clube que tentou pelo menos sair mais para o ataque acabou premiado com um gol decorrente de jogada individual.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Resumo 4ª rodada do Clausura chileno: Colo-Colo vence a primeira; La U é surpreendida


Por: Bruno Núñez (@BrunoNunez)

Colo-Colo conquista primeira vitória no Clausura do Chile

Demorou, mas a vitória finalmente chegou para o Colo-Colo no Clausura do Campeonato Chileno. Foi na quarta rodada, contra o O’Higgins, fora de casa, no Estádio El Teniente, em Rancagua. O Cacique superou o Capo de Província pelo placar de 2 a 0, triunfando pela primeira vez no torneio.

A missão colo-colina foi facilitada logo no início do jogo. Com sete minutos de bola rolando, Alejandro López foi expulso após uma cometer uma falta dura em cima de Luis Pedro Figueroa.
Apesar da superioridade numérica, o Colo-Colo não conseguiu traduzir a vantagem em grandes oportunidades. O time do técnico Pablo “Vitamina” Sánchez, estreante no banco do O’Higgins, conseguiu segurar o ímpeto albo e conseguiu manter o placar em igualdade ao final do primeiro tempo.

No segundo tempo, o Colo-Colo pressionou o O’Higgins até chegar ao gol. Aos 13 minutos, Esteban Pavez abriu o marcador com um lindo chute. O 1 a 0 deixou o Cacique tranquilo na partida, passando a jogar melhor.

A entrada de Esteban Paredes no lugar de Emiliano Vecchio no decorrer do segundo tempo ajudou a melhorar o jogo albo. O recém-ingressado fez uma bela jogada com Gonzalo Fierro que terminou com uma assistência para Jean Beausejour, que anotou o 2 a 0 definitivo favorável ao Colo-Colo, aos 20 minutos.

Com a vitória, o Colo-Colo é o 13º colocado do Clausura 2015, com quatro pontos conquistados. Já o O’Higgins amarga o 16º posto, com apenas três unidades obtidas até o momento.

La U é surpreendida em pleno Estádio Nacional

A fase da Universidad de Chile não é boa. No último sábado, o elenco laico foi superado pelo Antofagasta, em pleno Estádio Nacional de Santiago, por 3 a 1. O time do norte chileno conseguiu o feito graças a uma postura perfeita no campo e a uma bela atuação do jovem Marcos Bolados.

Aliás, foi Boladoz que inaugurou o placar. No fim do primeiro tempo, o atleta do Antofagasta deixou Pepe Rojas para trás na corrida e bateu cruzado para fazer o primeiro gol no Nacional.
La U empatou no segundo tempo. Aos 25 minutos, o uruguaio Mathías Corujo chutou de longe e fez um golaço, deixando tudo igual no marcador. Outro charrua, Maxi Rodríguez, entrou em campo e realizou sua estreia com a camisa azul, mas sem destaque.

Aos 32 da segunda etapa, Ronald González aproveitou o mal posicionamento de Johnny Herrera no gol e deixou o Antofagasta novamente à frente. Nos minutos finais da partida, Bolados achou Luis Cabrera, que marcou o terceiro dos pumas, fechando o marcador.
A derrota manteve a Universidad de Chile com quatro pontos, ocupando a 12ª posição do Clausura. O Antofagasta conquistou sua primeira vitória no torneio e alcançou a 11ª colocação, também com quatro unidades.

A liderança permanece no Sul

A Universidad de Concepción continua fazendo uma grande campanha no Clausura 2015. A representação penquista manteve nesta última rodada seu aproveitamento de 100% no torneio atual, com quatro vitórias em quatro jogos. Atuando em Yumbel, o Campanil sofreu, mas derrotou o Cobreloa por 3 a 2.

O líder do Clausura foi às redes com dois gols de Gabriel Vargas e outro de Felipe Reynero. Já os loínos descontaram com Gustavo  Cristaldo e Ignacio Herrera.

O time de Concepción lidera o Clausura com 12 pontos. O principal rival pela ponta da tabela é a Universidad Católica, que neste fim de semana venceu o Ñublense por 2 a 1 e chegou a 10 unidades, ocupando a segunda colocação do torneio. O Cobreloa é o sexto, com seis.

Confira os resultados da quarta rodada do Clausura do Chile:


Huachipato 2 x 1 Cobresal

Deportes Iquique 2 x 1 Santiago Wanderers
Unión La Calera 2 x 0 Unión Española
Universidad de Concepción 3 x 2 Cobreloa
Universidad de Chile 1 x 3 Antofagasta
Audax Italiano 1 x 2 Palestino
San Marcos de Arica 0 x 0 Barnechea
O’Higgins 0 x 2 Colo-Colo
Universidad Católica 2 x 1 Ñublense

Corinthians 4 x 0 Once Caldas: quando a Arena Corinthians foi realmente Corinthians

Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Por: Guilherme Sacco (@guilhermesacco)

Quem diz que torcida não ganha jogo, certamente nunca viveu uma partida de Libertadores. Ontem, em Itaquera, tivemos mais um exemplo de como o torcedor entra em campo, sim, e joga junto com o time. Quinze minutos antes da bola rolar, os mais de 36 mil corinthianos faziam do estádio um inferno para os jogadores do Once Caldas. Durante o aquecimento dos goleiros, o preparador adversário provocou a massa alvinegra. Não deve ter demorado nem 30 segundos de jogos para o colombiano se arrepender. Empurrado pela Fiel, o Corinthians roubou a bola na saída do Once Caldas, Emerson Sheik recebeu pela esquerda e marcou um golaço, explodindo a Arena em festa.

Depois do gol, o Corinthians deu uma diminuída no ritmo e chegou a sofrer o empate, mas o gol colombiano foi anulado. Depois do susto e, principalmente, quando Paolo Guerrero foi expulso, aos 26 minutos, a torcida cantou ainda mais alto e passou a jogar junto com a equipe. Cantando sem parar, comemorando qualquer chutão para lateral, vibrando com os dribles e provocações de um Emerson Sheik endiabrado e pressionando o adversário o máximo possível, a Fiel ajudou a equipe a manter os nervos e segurar a vantagem de 1 a 0 e quase explodiu de alegria quando o camisa 11 carimbou o travessão na última jogada da primeira etapa.

Durante o intervalo, a torcida esqueceu por uns momentos da Libertadores e passou a focar no clássico de domingo, contra o Palmeiras. Na volta do segundo tempo, o Once Caldas assustou duas vezes e os corinthianos cantavam cada vez mais alto. Quando parecia que os colombianos dominariam a partida, Jadson bateu escanteio e o contestado Felipe balançou as redes.
O segundo gol fez a Fiel crescer ainda mais e o Once Caldas se perdeu na partida. Pressionados pelo barulho ensurdecedor vindo das arquibancadas, os jogadores da equipe colombiana perderam a cabeça e Murillo, aos 24 minutos, deu um tapa em Fágner, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Com 10 contra 10, o Timão abusou do bom futebol e a Fiel viveu um sonho.

Na cobrança da falta que originou a expulsão de Murillo, Jadson inverteu a bola para Sheik, que provocou. Ao dominar a bola, o camisa 11 fez embaixadinhas na frente do defensor, arrancou e tocou para Elias. O volante fez uma linda tabela com Jadson, tocou para Renato Augusto, que fez o pivô e devolveu para o camisa 7, cara a cara, tocar no alto, sem chance para Cuadrado e marcar um gol de placa, talvez o mais bonito da (breve) história da Arena Corinthians.

O 3 a 0 no placar deixou a Fiel nas estrelas. A partir daí, tudo foi festa. Gritos de olé a cada toque de bola alvinegro, “ola” nas arquibancadas, empolgação digna de uma torcida que via sua equipe jogar com muita qualidade, mas, principalmente, com muita dedicação. Atuações (dentro e fora de campo) que ainda seriam coroadas com um golaço de Fágner, que recebeu um lindo passe de calcanhar de Sócrates, digo, Renato Augusto e tocou com categoria na saída de Cuadrado para fechar o placar.


Uma vitória espetacular do Corinthians, com show dentro e fora dos gramados. No primeiro jogo de Libertadores da sua história, a Arena Corinthians foi realmente Corinthians pela primeira vez e mostrou ser um ambiente aonde a torcida faz, sim, muita diferença. E que venha o dérbi de domingo!