Por: Felipe Simonetti (@felipesimonetti)
Futebol e política são dois temas que frequentemente
se misturam. O esporte já foi utilizado como arma em causas sócio-políticas,
como a independência de países como o Kosovo e a Catalunha, já foi alvo de
brigas como a que fizeram Israel disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo na
Europa e não na Ásia. Alguns presidentes se declaram torcedores, como Lula se
dizia abertamente corintiano. Contudo, poucos rompem barreiras como o
presidente do Equador, Rafael Correa.
Tradicionalmente ele realiza almoços no
Palacio de Cardondelet com as equipes equatorianas campeãs, porém isso representa nenhuma
demonstração de fanatismo. Tudo começa quando ele veste a camisa do Emelec, seu
time de coração. Não bastasse torcer, Correa vai ao estádio e age como um
verdadeiro fanático em seu Twitter. Nas decisões da liga nacional ainda provocou o
rival SC Barcelona.
Confira abaixo os tuítes do presidente-torcedor:
Sua ligação com o futebol não para por
aí. Tão confiante em seus atletas e na seleção nacional, Rafa indicou ex-atletas para
compor seu time de políticos. Cevallos, aquele que, junto a LDU, venceu o
Fluminense na final da Libertadores, em pleno Maracanã, ao defender três
pênaltis tricolores, é ministro do esporte do Equador e possui
como companheiros e assessores diversos outros ex-jogadores. Agregando muita qualidade a pelada de fim de ano do Ministério.
Cevallos: os tricolores lembram-se bem dessas mãos. |
Sua paixão, entretanto, não se limita ao
país sul-americano. Rafael Correa nas vésperas da Copa do Mundo foi
entrevistado por Diego Maradona em seu programa de televisão e foi o único
equatoriano a conseguir beijar a taça da Copa enquanto ela passava pelo país. E
para encerrar a lista de grandes feitos, usando a fama de grande exportador de
bananas que o Equador possui, ele apoiou a campanha de Daniel Alves
(#somostodosmacacos) contra o racismo de futebol.
Muito além de um representante da esquerda sul-americana, Rafael Correa denota uma diferenciada faceta futebolística. Oriunda do populismo ou não, pouco importa, vale mesmo o destaque da grande demonstração de paixão pela modalidade.
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