sábado, 17 de janeiro de 2015

A diferenciada faceta futebolística de Rafael Correa


Por: Felipe Simonetti (@felipesimonetti)

Futebol e política são dois temas que frequentemente se misturam. O esporte já foi utilizado como arma em causas sócio-políticas, como a independência de países como o Kosovo e a Catalunha, já foi alvo de brigas como a que fizeram Israel disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo na Europa e não na Ásia. Alguns presidentes se declaram torcedores, como Lula se dizia abertamente corintiano. Contudo, poucos rompem barreiras como o presidente do Equador, Rafael Correa.

Tradicionalmente ele realiza almoços no Palacio de Cardondelet com as equipes equatorianas campeãs, porém isso representa nenhuma demonstração de fanatismo. Tudo começa quando ele veste a camisa do Emelec, seu time de coração. Não bastasse torcer, Correa vai ao estádio e age como um verdadeiro fanático em seu Twitter. Nas decisões da liga nacional ainda provocou o rival SC Barcelona.

Confira abaixo os tuítes do presidente-torcedor:



Sua ligação com o futebol não para por aí. Tão confiante em seus atletas e na seleção nacional, Rafa indicou ex-atletas para compor seu time de políticos. Cevallos, aquele que, junto a LDU, venceu o Fluminense na final da Libertadores, em pleno Maracanã, ao defender três pênaltis tricolores, é ministro do esporte do Equador e possui como companheiros e assessores diversos outros ex-jogadores. Agregando muita qualidade a pelada de fim de ano do Ministério.

Cevallos: os tricolores lembram-se bem dessas mãos.

Sua paixão, entretanto, não se limita ao país sul-americano. Rafael Correa nas vésperas da Copa do Mundo foi entrevistado por Diego Maradona em seu programa de televisão e foi o único equatoriano a conseguir beijar a taça da Copa enquanto ela passava pelo país. E para encerrar a lista de grandes feitos, usando a fama de grande exportador de bananas que o Equador possui, ele apoiou a campanha de Daniel Alves (#somostodosmacacos) contra o racismo de futebol.

Muito além de um representante da esquerda sul-americana, Rafael Correa denota uma diferenciada faceta futebolística. Oriunda do populismo ou não, pouco importa, vale mesmo o destaque da grande demonstração de paixão pela modalidade.

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